4 de junho de 2019

CUIDADO AO UTILIZAR ÓLEOS ESSENCIAIS EM SEU GATINHO



Os gatos não possuem um importante processo de desintoxicação presente na maioria dos mamíferos, por isso são facilmente envenenados. O fígado de um gato tem capacidade limitada para metabolizar terpenos. A maioria dos óleos essenciais contém uma variedade complexa de mono e sesquiterpenos, mas, em particular, evite óleos que contenham fenóis quando trabalhar com gatos.
Muitos donos de gatos relatam que, quando cheiram o óleo essencial, seus animais os atacam ou os lambem freneticamente. Isso pode levar as pessoas a acreditar que seus gatos realmente amam o óleo essencial, quando, na verdade, ele literalmente está deixando-os loucos. Os gatos também podem se comportar como fazem com a gatária (erva dos gatos), pulando e tendo momentos de loucura, que é a resposta ao óleo essencial da gatária.
Há relatos de gatos morrendo após a exposição aos óleos essenciais, mas, a meu ver, todos os casos de morte registrados deveram-se ao mau uso ou uso excessivo. Por exemplo: a aplicação tópica de óleo essencial de tea tree não diluído, que não é seguro para os gatos. O fígado felino precisa de 48 horas para processar e excretar terpenos, logo a exposição frequente a quantidades baixas de óleo essencial também pode causar intoxicação. Certifique-se de que seu gato possa sair do cômodo quando você difunde óleos essenciais ou queima velas aromáticas.
Não há necessidade de ficar histérico sobre manter óleos essenciais longe de gatos – o mundo natural está cheio de óleos essenciais e o gênero Felis sobrevive perfeitamente bem - , no entanto, recomendo o uso de hidrossóis em vez de óleos essenciais para gatos.

FONTE: trecho do livro ÓLEOS ESSENCIAIS PARA ANIMAIS, de Nayana Morag, Editora Laszlo, 2018,p. 79.

NOTAS:

1. HIDROSSOL é um outro nome dado ao hidrolato, e é um subproduto obtido a partir do processo de destilação na extração dos óleos essenciais. O hidrolato mantém os mesmos componentes voláteis da planta e possui uma fragrância leve.


2. Evite em seu gatinho:


Tomilho (Thymus vulgaris) QT timol, QT carvacrol e Tomilho Serpolet (Thymus serpyllum)
Ajowan (Trachyspermum ammi)

Oréganos (Origanum compactum/onites/heracleoticum/Thymbra capitata)
Segurelha (Satureja montana)
Cravo da Índia (folha ou botão) (Syzygium aromaticum)
Canela (cássia ou do ceilão) (Cinnamomum cassia/cinnamomum zeylanicum – verum)
Manjericão Santo (ocimum gratissimun QT eugenol)
Guáiaco (Falso Palo Santo) (Guaiacum officinale)

Fonte: O Grande Manual de Aromaterapia de Dominique Baudoux, editora Laszlo, 2018, p. 53.

É possível usufruir dos benefícios dos óleos essenciais, mesmo em nossos sensíveis gatinhos, mas é preciso algumas precauções. Na dúvida, consulte sempre um aromaperapeuta, de preferência que tenha se especializado em aromaterapia animal.
O primeiro livro do qual tiramos a primeira parte deste post é muito bom e vale muito a pena para quem curte o assunto.
O segundo livro, um clássico importantíssimo serve muito bem àqueles que gostam de estudar a química dos óleos essenciais.
E a nossa modelo nas fotos é a Lilica, gatinha da Patrícia, nossa amiga e aluna do Curso de Formação em Aromaterapia. Ela está usando um colarzinho aromáticos feito especialmente para pets.
Beijos,
Lua Serena

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