22 de junho de 2019

O olho que tudo vê




Você pode sentir vontade de rir, ao travar os primeiros contatos com os ritos e jeitos que envolvem a fé pagã, ao ver um pagão se emocionar com um vento, um mato, um traço, um laço...
Iniciando seus primeiros passos na Arte, você pode se sentir tolo, ao fazer uma invocação em voz alta, ao sentir o frenesi energético ritualístico. Dar até uma olhadela de lado, dar uma segurada no canto, no berro, no pranto...
Na verdade, é comum que tudo isso ocorra em uma sociedade que despreza o lúdico, que despreza a natureza, o nativo, o simples, a raiz e a copa...
Acontece que existem pessoas cuja linguagem espiritual é diferente da sua e, de fato, elas não vão entender sua fé, como você tbm não entende adaselas... não fala ao seu coração. E tudo bem, desde que haja respeito.
Se essa linguagem pagã faz a sua cabeça, fala ao seu coração, mas vc às vezes se sente bobo, com vergonha, se sua mente te trola e vc fica um pouco deslocado em algumas práticas, relaxe... tranquilize, serene... com o tempo, com a prática, com certas experiências pelas quais vc vai passar, vc entenderá que tudo isso faz parte do processo de desconstrução de certas crenças limitantes... Apenas continue. E um dia, quando vc se der conta, você, ao invocar, não só falará, como ouvirá e sentirá. Vc, então, terá percebido. Sim, seus canais de percepção se abrirão.
Se vc continuar se desenvolvendo na Arte, isso vai acontecer. E não há nada de louco nisso tudo (ou há, como queira, rs), já que somos seres multidimensionais e atuamos multidimensionalmente.
Não são os estudos que abrem a percepção, são as práticas.
Então, se joga. No seu tempo, mas se entrega. Não racionalize demais, vivencie.
Bjo,
Lua Serena.

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