25 de março de 2005

OS AROMAS DO AMOR

Seu hálito é como mel aromatizado com cravo;
Sua boca, deliciosa como uma manga madura.
Beijar sua pele é como experimentar o lótus.
A cavidade do seu umbigo oculta uma profusão de especiarias.
Que prazeres repousam depois, a língua sabe,
Mas não pode dizer.
(Srngarakarika, Kumaradadatta/ século XII)

A mulher é como uma fruta que só exala sua fragrância quando a esfregam com as mãos. Tome, por exemplo, o manjericão: a menos que o aqueçamos com os dedos, ele não emite seu perfume. E você sabe, por exemplo, que se o âmbar não for amornado e manipulado, ele retém o seu aroma? A mesma coisa acontece com a mulher: se não a animar com seus beijos e carícias, com mordidas nas coxas e abraços apertados, você não obterá o que deseja; não experimentará prazer quando ela compartilhar seu divã, e ela não sentirá afeto por você.
(O jardim perfumado)


Tu te aproximas de mim
com o cheiro
da grama matinal
recém-cortada:
meus mamilos endurecem.
(Haiku de Yuko Kawano)

Perfumei minha alcova
Com mirra, aloé e canela.
Vem, embriaguemo-nos de amores até a manhã,
Fartemo-nos de amores.
(Provérbios 7: 17-18)

Teus brotos são paraíso de romãs, com frutos suaves, de flores de alfena e nardos; nardo e açafrão, bambus aromáticos e canela, com todas as árvores de incenso; mirra e aloé, com todas as principais especiarias aromáticas.
(Rei Salomão à Sulamita, O cantar dos cantares)


Suas faces são como uma eira de espécies aromáticas, como fragrantes flores, como lírios que destilam mirra fragrante.
(Sulamita ao Rei Salomão).