SAMAÚMA: A ÁRVORE SAGRADA, A ÁRVORE DOS MUNDOS, A MÃE PRIMORDIAL...
Decidi fazer essa série de postagens sobre árvores sagradas não só pela minha
profunda conexão com a Terra, especialmente com as árvores, mas também para
deixar gravado aqui um lembrete da importância dessas irmãs queridas.
As primeiras experiências espirituais de que me lembro, ainda bem criança, foram
com espíritos das árvores, então, tudo que se relaciona a elas, sempre me encantou.
Acredito não ser à toa, já que as árvores são grandes irmãs, pontes para e
verdadeiros mundos, deuses, em si. Há diversos mitos sobre a árvores
universais, sobre tempos antigos em que esses seres eram adorados, tempos
antigos em que nós, humanos, e eles, possuíamos uma relação de amor e amizade...
Isso sem falar na árvore dos mundos, árvore da vida, árvore do conhecimento...
A mãe primordial, a origem de tudo que, para culturas diferentes, tem nomes
diferentes...
Durante vários dias, vou trazer várias delas, além de algumas de que gosto e
tenho uma relação espiritual.
Partilhar suas histórias... é o que quero!
Vou começar com uma das ceibas sagradas, a samaúma, a mafumeira,
barriguda e algodoeira.
Há inúmeras espécies de ceibas, mas vou começar pela Ceiba Petandra, pq a amo
muito..
Na língua maia da península de Yucatán , Yaxché , é o nome da árvore ceiba,
árvore sagrada. A cosmogonia maia menciona em uma das lendas de Popol Vuh que
os deuses criadores plantaram seus respectivos ceibas sagrados nas quatro
direções do cosmos, a leste o ceiba vermelho, a oeste o ceiba preto, a oeste o
ceiba preto, ao sul o ceiba amarelo e ao norte o ceiba. branco Eles também
plantaram uma quinta ceiba no centro de todas essas direções; em suas raízes
localizavam o Xibalbá ou Mitnal, que era a morada dos mortos; em sua base,
colocavam o Kab ou a terra em que habitamos os seres vivos e em suas flechas e galhos,
os deuses estabeleceram sua morada, enquanto no topo de sua taça habitavam a
origem de todos os deuses na forma de um belo quetzal celestial. Na Guatemala,
Ceiba Pentandra foi declarada Árvore Nacional por iniciativa do botânico
guatemalteco Ulises Rojas em 1955 em homenagem a um dos símbolos maias. Na
Serra Leoa , na África, uma árvore de ceiba conhecida como "A Árvore do
Algodão" é o símbolo nacional do país. A árvore aparece no escudo do
estado da Nicarágua .
A Samaúma pode atingir 70 metros de altura e viver até 500 anos. Muito comum em
florestas tropicais, especialmente, a Amazônia, ela gosta de locais com muita
água.
Tem floração noturna, atraindo como polinizadores os
morcegos.
Ela é conhecida como telefone de índio, pois o acúmulo de
água nas sapopemas –raízes expostas (não confundir com a árvore sapopema) faz o
som alcançar uma distância de até mais ou menos 1 quilômetro, sendo usada para
comunicação entre nações.
Para os Ticuna, povo que vive na região amazônica e maior nação indígena do
Brasil, a árvore chamada samaumeira é sagrada. Essa árvore é considerada a Mãe
da Floresta e a Criadora do mundo. Na história mítica dos Ticuna o mundo surgiu
desta árvore.
Além da samaumeira, a jurema, a paineira, o guaraná, o açaí,
entre outras, são também árvores sagradas para os índios brasileiros.
O curupira, com seus pés virados para trás é o protetor das
matas e vive na Samaúma.
Nos cemitérios indígenas da Amazônia sempre há uma Samaúma.
Alguns pajés fazem trabalho de cura aos pés da Mãe da Floresta.
Eu e o Elfo tivemos a oportunidade de estar bem perto de duas, quando visitamos
o norte do Brasil.
Foi uma experiência única!
Recomendo!
Fontes:
Reportagem bacana sobre a Samauma:
https://www.youtube.com/watch?v=LxUNzfXTMT4
wikipedia.org/wiki/Ceiba_pentandra
pib.socioambiental.org/pt/Povo:Ticuna
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