25 de abril de 2013
19 de abril de 2013
VIVENDO A BRUXARIA NO BRASIL
O Brasil é um país jovem, uma
colônia que ascendeu, se libertou, cresceu – e como cresceu – mostrando suas
caras ao mundo. Sim, suas caras, pois o Brasil é feito de pluralidade,
miscigenação, um pouco de tudo... cada pouco misturado ou separado, mas ainda assim
um pouco de tudo.
A Bruxaria no Brasil não poderia
ser diferente. A Bruxaria no Brasil não tem uma, mas muitas faces.
A Arte no Brasil é relativamente
jovem, se em comparação a outros países, mas esse motivo não a faz irrelevante
ou fraca. Nem mesmo as dificuldades de adaptação da roda do ano, originária do
Hemisfério Norte, nos impossibilitou de crescer forte. Cada qual a seu gosto,
cada praticante a seu estilo, faz da Arte no Brasil uma mistura interessante.
A Bruxaria no Brasil é jovem, às
vezes até um pouco inocente ou infantil aos olhos de alguns.
Mas não está nas mãos dos jovens
o futuro de o que quer que seja?
Podemos ser jovens, sim, tal qual
o nosso país. Mas devemos nos orgulhar do tanto que aqui já foi feito pela
Bruxaria.
Por mais que digam que Bruxaria é
modismo, que muitos aparecem do nada como supra sumo sacerdotes da cocada
preta, e, de certo modo, isso realmente não deixa de acontecer, eu gostaria de
trazer também o outro lado. Portanto, levanto uma reflexão.
Olhemos para o passado. Vai, dez
anos. Não mais que isso. Quem eram os pagãos que trabalhavam em prol da Arte no
Brasil? Onde eles estão agora?
Vocês vão notar que muitos deles
estão fazendo exatamente o que faziam antes. Trabalhando. Gostem vocês de
fulano ou não gostem de beltrano, se olharmos para atrás, nessa linha do tempo
curtinha em termos de História, veremos que existem pessoas fazendo algo pela
Arte no Brasil. E isso tem seu valor. Alguns aparecem mais, outros menos, mas
eles se mantém firmes.
Também existem aqueles que fizeram
e hoje não mais fazem. Esses também deram sua contribuição e devem ser
honrados, pois, de certo modo, deixaram seu legado.
Nesse meio tempo também surgiram
novas figuras que se tornaram importantes, que dão sua contribuição ao meio
pagão brasileiro. Merecem nosso respeito também.
Obviamente, muitos deslumbrados
se tornaram pseudo celebridades, muito mau caratismo é acobertado por falsas
intenções de fortalecer a Arte, muita sujeira e mentira é varrida para o canto
do gramado a fim de que se possa tripudiar em cima de outros que, de repente,
podem ficar mais em evidência... Ah, existe de tudo um pouco, cada pouco
misturado ou separado, mas ainda assim um pouco de tudo.
Mas o importante é olhar a nossa
Bruxaria com orgulho do que ela é.
Quantos de nós sente orgulho de
ser bruxo no Brasil?
Talvez essa pergunta lhe faça
pensar... “Tenho mesmo orgulho?”
Trago essa reflexão para que
todos nós pensemos em nossos atos em prol da Bruxaria.
O que você faz? E o que faz, faz
de peito aberto ou visando interesses escusos?
Como você honra as pessoas que
fizeram e fazem pela Arte? Quanto da sua vaidade acaba te cegando por que o
outro aparece mais? Por que isso te incomoda tanto?
Será que não há nada mais
importante na Arte do que a massagem em nosso próprio ego?
Penso que há. E aqueles que isso
compreendem, se mantêm firmes mesmo diante dos percalços. Esses devem nos
inspirar, nos orgulhar. Esses devem ser honrados. E a cada um de nós cabe ser
pagão de verdade, ser bruxo de verdade, da pele às entranhas e fazer por onde
ter orgulho, sim, de ser pagão no Brasil, um país plural... um país de
paganismo plural.
Por Lua Serena
Por Lua Serena
7 de abril de 2013
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