O TRABALHO COM ERVAS I
Um dos instrumentos para se trabalhar com magia, é o uso de ervas.
Como quase tudo hoje em dia, as ervas e seus efeitos mágicos caíram ou na descrença, ou em uma perigosa popularidade.
Eu gostaria de expressar aqui a minha opinião sobre o assunto, bem como dar alguns toques sobre o maravilhoso caminho verde.
Creio que muita gente acha que as indicações mágicas de uma erva são como as indicações medicinais, estão contidas nas folhas, caule, sementes, flores ou frutos.
Porém, não é bem assim.
Para usar uma planta para cura, peguemos como exemplo simples a Camomila. Para curar dor de barriga em bebês, fervemos a água e colocamos as flores da Camomila na água fervente. Abafamos, deixamos amornar e damos para a criança.
Cientificamente não sei qual princípio ativo da Camomila tem o poder de melhorar dor de barriga. Ela seria relaxante? Digestiva? Purgativa?
Bem, aí fica para quem quiser pesquisar.
Uma vez descoberto o princípio ativo, esse é isolado, potencializado e utilizado em medicamentos.
O fato é que o “princípio ativo mágico” não é encontrado da mesma forma que o princípio ativo medicinal, como muita gente tem a estranha ilusão de pensar.
Cada planta é uma vida. Tudo que tem vida, tem alma.
É o que Paracelso chamou de Silvestres.
São elementais, espíritos, seres que habitam o astral, e que possuem “um pé” no material.
Por estarem no limite entre um plano e outro, possuem grande poder no plano material.
Quando o magista tem o conhecimento necessário, pode fazer com que sua vontade se manifeste no material, se utilizando dos seres elementais.
Não é o que fazemos quando utilizamos os quatro elementos em nossos feitiços?
Pois é, porém, devo dizer que nada é tão simples como vemos escritos em alguns livros.
Também nada é tão diabólico, surreal e sensacional como lemos em outros livros.
Mas isso é uma coisa que se descobre com a vivência. Aliás, como tudo na verdadeira magia.
Aqui pretendo dar apenas uma pincelada no julgo ser importante.
Só que friso uma vez mais: vivência é tudo.
Para reafirmar o que escrevi acima, devo dizer que sou contra a compra de ervas nessas casas especializadas quando se pode cultivar suas próprias ervas.
É muito importante o trabalho com a terra, o cultivo, a troca de energia que temos com a planta quando cuidamos dela.
O problema é que nos grandes centros nem sempre é possível cultivar um jardim.
Eu mesma tinha um jardim, porém quando me mudei para um apartamento, minhas mudas morreram.
Hoje tenho um casal de Comigo-Ninguém-Pode, e duas Violetas.
Triste realidade de uma paulistana.
Mas um dia terei de volta meu jardim, minha horta...
Pois bem, quando puder, plante suas ervas, cuide delas, estabeleça um vínculo. Você verá que o trabalho mágico será bem mais proveitoso.
Uma vez escutei uma moça que se dizia muito entendida da Arte, falar que detestava mexer com planta, terra.
Não consegui compreender, talvez ela tivesse uma deficiência de terra em seu mapa astral (como, por sinal, minha maninha Kista tem!).
O fato não era ter dificuldade em lidar com terra, era o “detestar”, o quase que nenhum esforço em se trabalhar, em ter consciência de que mexer com a terra é, além de uma terapia para quem tem problemas com esse elemento, uma forma de conexão extraordinária com a Deusa.
Acho que, em especial para nós mulheres, o contato com a terra nos traz a importante conexão de nós com o útero sagrado.
Mulheres com problemas uterinos deveriam cultivar um jardim, mexer com a terra. Claro, sem lançar mão de tratamento médico adequado.
O trabalho com ervas nos leva por caminhos tão incríveis que acabamos esquecendo dos simples feitiços, que são, muitas vezes, o motor para que nos aventuremos no mundo mágico das plantas. Passamos a viver o verdadeiro feitiço... E esse não tenho como revelar a vocês porque é individualmente vivenciado.
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